INTELIGÊNCIA RELACIONAL

AFINAL, QUAL É A RELAÇÃO ENTRE DOR E AMOR?

Por: Ana Artigas

Você já sentiu um aperto real no peito quando está apaixonado? Ou teve a impressão de sentir sensações muito parecidas quando está com raiva ou dor? 

Uma experiência de dor tem dois componentes, o primeiro é um componente sensorial por exemplo, “ter uma dor latejante do lado esquerdo do peito que dura alguns minutos”, portanto, inclui localização, intensidade e duração. O outro componente é o afetivo – o lado emocional da dor; estar com dor, principalmente nesta região do coração não soa bem e evoca emoções que refletem estados emocionais, como medo, tristeza ou preocupação. 

A dor física, a perda, o vínculo e o amor são “sentidos” na mesma região do cérebro, o que nos permite dizer que a dor física e a emocional são praticamente iguais. 

A condição emocional intensificar e prolonga a dor física e vice-versa. Por isso a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico geralmente estão associadas a sintomas somáticos como dores corporais.

Muitos estudos fMRI (imagem por ressonância magnética funcional) demonstram que o corpo e a mente sentem dor da mesma maneira, mostrando a mesma área de ativação no cérebro (córtex cingulado anterior dorsal e na ínsula anterior). 

É por isso que uma pessoa que sofre de dor crônica tende a desenvolver depressão ou ansiedade, as dores emocionais e físicas estão sempre misturadase podem provocar colapso em todos os sistemas resultando em doenças generalizadas em todo o corpo.

O desiquilíbrio emocional e a mente sobrecarregada de desafios e dilemas pessoais podem levar a um colapso generalizado em todo o corpo.

Da mesma forma as nossa relações podem causar um incrível prazer ou danos severos.

Quando as relações são positivas as substâncias químicas (neurotransmissores) que são gerados no cérebro desencadeiam respostas excitatórias prazerosas, como por exemplo, a dopamina, a oxitocina e serotonina que são responsáveis por melhorar a motivação, a disposição e a produtividade e agem diretamente na sensação de felicidade, prazer e alívio da dor.  Ajudando as pessoas a funcionar de modo eficiente.

Por outro lado, relações tóxicas e perigosas, reduzem os neurotransmissores do prazer e estimulam os neurotransmissores do stress, como o cortisol, que gera medo, preocupação e levam ao esgotamento mental e físico. 

Além disso os hormônios e neurotransmissores que passam a ser produzidos no cérebro como o cortisol, causam apatia, alterações no sono e alteração de humor, além de falta de concentração, desânimo e incapacidade de sentir prazer.

Por isso, boas escolhas e contatos positivos com as pessoas  estimulam e produzem hormônios do prazer. Curta seus relacionamentos, aproveite seu fim de semana e procure ser feliz.

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Ana Artigas - Psicóloga - Mestre em Neuromarketing e escritora do livro: “Inteligência Relacional”.

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