O que é Inteligência Relacional?
Por: Ana Artigas
Contam-se em milhares os anos de prática que trazemos na arte dos relacionamentos, porque o ser humano é relacional desde sempre. No instante em que nascemos, confiamos nossa vida a uma outra pessoa e essa é a única chance que temos de sobreviver. Enquanto bebês, somos completamente dependentes de alguém que supra nossas necessidades básicas de alimento, higiene, segurança, proteção e amor.
Se somos por natureza seres relacionais e precisamos dessa troca e desse convívio para a manutenção da sobrevivência, a inteligência relacional torna-se habilidade fundamental para a manutenção do equilíbrio na forma como nos relacionamos com as pessoas.
E você deve estar se perguntando, mas afinal, o que é Inteligência Relacional?
“É a inteligência que nos conecta ao mundo através das pessoas. É a habilidade de nos relacionarmos de forma positiva com os outros, entendendo as necessidades individuais e estabelecendo uma conexão que traga cooperação, aprendizado, ganhos e energia positiva para as duas partes.”
A inteligência relacional, é uma habilidade comportamental, uma soft skill, que quando desenvolvida, transforma atitudes e é capaz de reforçar o comportamento altruísta que temos dentro de cada um de nós, e que nos torna verdadeiramente humanos. Essa característica é o que nos diferencia tanto dos animais quanto das máquinas (inteligência artificial).
O comportamento altruísta é aquele capaz de gerar ações voluntárias de um indivíduo para ajudar e beneficiar outros seres humanos. Ou seja, é quando deixamos de pensar só no "eu", agindo mais no "nós", para que exista uma melhora do nosso “em torno”, seja: na empresa, na família, na comunidade ou na sociedade como um todo.
O exercício dessa habilidade nos tira do analfabetismo relacional, passando de um comportamento egoísta e narcísico, para mais gentil e humano.
Para que isso aconteça é preciso esforço pessoal e foco em uma configuração mais saudável nos relacionamentos.
E a única forma que temos para conseguir isso é o constante aprendizado das habilidades relacionais, porque apesar dos anos de prática, ainda não sabemos nos relacionar. Temos dificuldade para aceitar as diferenças, para entender o outro e para perdoar. Além de também termos dificuldade de sermos entendidos pelas pessoas, muitas vezes porque não sabemos como agir e como nos comunicar com elas.
Estudos neurocientíficos comprovam que quando nos relacionamos com alguém, uma transformação neuroquímica acontece no nosso cérebro e no organismo como um todo.
Quando as pessoas se sentem atraídas umas pelas outras, o cérebro imediatamente libera dopamina, um neurotransmissor indutor do prazer. Os neurotransmissores são como combustíveis para o cérebro e são capazes de conduzir e transmitir informações de um neurônio ao outro, através de um processo chamado sinapse. Onde as informações que recebemos são processadas.
O que queremos ressaltar com essas informações é que o nosso organismo precisa estar em equilíbrio para conseguirmos nos relacionar bem. Se estivermos em estado depressivo, tristeza, dor ou outras doenças emocionais, não temos vontade de sair de casa, de interagir com as pessoas ou de nos relacionarmos de forma efetiva e positiva com os outros.
Se os neurotransmissores atuam diretamente no nosso cérebro e no nosso humor, precisamos mantê-los em equilíbrio para que a motivação e a maneira como nos comportamos não altere o vínculo que temos com as pessoas. Afinal, ninguém gosta de conviver com pessoas carrancudas, mal-humoradas ou pessimistas, não é mesmo?
Para que resultados eficazes sejam conquistados, é fundamental desenvolver e exercitar alguns passos para que possamos nos tornar pessoas mais inteligentes nas questões emocionais e relacionais.
Para que possamos conquistar habilidades relacionais, as competências da inteligência relacional precisam ser desenvolvidas. E a CLASSE é fundamental. Ter classe não significa saber se vestir, como a maioria das pessoas pensam. Mas ser elegante na maneira como nos comportamos socialmente em qualquer ambiente. CLASSE é ser elegante, ter graça nas maneiras quando estamos diante das pessoas. É ser coerente em nossas atitudes quando nos dirigimos aos outros.
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